Reconhecida informalmente como capital da principal região sucroalcooleira do
país, Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) já não tem mais nenhuma usina de
açúcar e etanol no município. A última remanescente foi a Galo Bravo, que deixou de operar em maio do ano
passado depois de uma história recente marcada por polêmicas e dificuldades.
Números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior mostram que, em 2011, açúcar e álcool não apareceram na lista dos 40 principais produtos exportados por Ribeirão. Cinco anos antes, em 2006, os dois produtos, somados, haviam rendido à cidade US$ 228,5 milhões em vendas para outros países (veja quadro abaixo). Mais do que o simbolismo, já que a cidade se intitula "capital do agronegócio", o fim das usinas em Ribeirão Preto e também o sumiço dos produtos da pauta de exportações estão estreitamente ligados às mudanças que o setor, de forma geral, enfrentou nos últimos anos. Passados quatros anos desse boom de entrada de capital estrangeiro, especialistas da área afirmam que os resultados foram mais positivos do que negativos para a economia local. Marcos Fava Neves, docente titular de estratégia da FEA-RP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto), da USP, e coordenador do Markestrat, diz que a entrada de capital se refletiu diretamente na economia local, com a injeção de dinheiro que movimentou desde a construção civil a novos negócios e empreendimentos comerciais. O ponto negativo, segundo ele, é que a internacionalização também fechou postos de trabalho. Escritórios administrativos de empresas foram transferidos para São Paulo ou outras cidades. ENTRA E SAI Figura ativa no processo de internacionalização do setor, o empresário Maurilio Biagi Filho afirmou que a troca no comando de usinas não causou reflexos ruins para a economia regional. "Os empregos [nas usinas] continuaram, tudo aconteceu sem que a economia sentisse." Em 2009, o grupo Moema, presidido por Biagi, vendeu suas seis usinas à Bunge. Em sua avaliação, diante da situação de crise atual, com queda na oferta de cana e prejuízos, os grupos estrangeiros estão conseguindo suportar mais facilmente a situação, com capital externo. Por outro lado, quando tudo se estabilizar, a tendência é que o lucro das usinas de capital estrangeiro siga o caminho contrário, rumo ao exterior. "É a regra do jogo." SUBSTITUIÇÃO Na pauta de exportações via Ribeirão Preto, o açúcar e o álcool deram lugar a outros produtos agrícolas e também industriais. No topo dos principais itens vendidos ao exterior no ano passado apareceram sementes de forrageiras, estanho e equipamentos usados na odontologia. O principal baque nas exportações de açúcar e álcool em Ribeirão foi registrado em 2009, com o fechamento da Crystalsev, comercializadora, principalmente, de produtos da Santelisa Vale. Depois que o grupo foi incorporado pela francesa LDC (Louis Dreyfus Commodities), a Crystalsev deixou de operar. Antes, ela comercializava o açúcar e o etanol das cinco unidades da Santelisa, além de outras empresas. Embora o açúcar e o álcool tenham deixado de ser exportados via Ribeirão Preto, os produtos continuam sendo os carros-chefes da região. Na avaliação do representante da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) na região de Ribeirão Preto, Sérgio Prado, a entrada de capital estrangeiro no setor foi importante para manter na ativa e recuperar usinas que estavam em situação crítica. Fonte: http://www.jornalfloripa.com.br/economia/index1.php?pg=verjornalfloripa&id=8861 |
segunda-feira, 25 de junho de 2012
Açúcar e etanol 'somem' das exportações de Ribeirão Preto
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