sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

FELIZ NATAL

FELIZ NATAL E UM PROSPERO ANO NOVO a todos os meus amigos!
Que o espirito natalino esteja conosco durante todo ano vindouro.
Agradeço a Deus por todas as oportunidades de 2012 e pela saude de meus familiares e aimgos.

Um 2013 cheio de Alegrias e realizações!
... Todos nossos sonhos serão verdades, e o futuro já começou!!!!

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Açúcar e etanol 'somem' das exportações de Ribeirão Preto

Reconhecida informalmente como capital da principal região sucroalcooleira do país, Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) já não tem mais nenhuma usina de açúcar e etanol no município. A última remanescente foi a Galo Bravo, que deixou de operar em maio do ano passado depois de uma história recente marcada por polêmicas e dificuldades. O que os dados da balança comercial de Ribeirão também revelam é que os dois principais produtos que saem das usinas, o açúcar e o álcool, também já não aparecem na pauta das exportações do município.
Números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior mostram que, em 2011, açúcar e álcool não apareceram na lista dos 40 principais produtos exportados por Ribeirão.
Cinco anos antes, em 2006, os dois produtos, somados, haviam rendido à cidade US$ 228,5 milhões em vendas para outros países (veja quadro abaixo).
Mais do que o simbolismo, já que a cidade se intitula "capital do agronegócio", o fim das usinas em Ribeirão Preto e também o sumiço dos produtos da pauta de exportações estão estreitamente ligados às mudanças que o setor, de forma geral, enfrentou nos últimos anos.
O fechamento da Galo Bravo, por exemplo, foi o último capítulo de uma novela que se agravou com a crise de 2008, que levou à lona usinas com problemas financeiros.
Antes do fim, a Galo Bravo já tinha sofrido paradas na produção e até passado por uma troca turbulenta de comando, quando foi assumida pelo empresário Ricardo Mansur, das extintas redes Mappin e Mesbla.
Por outro lado, foi a mesma crise de 2008 que acelerou o processo de internacionalização do setor, com a entrada de companhias de capital estrangeiro que assumiram o controle de usinas.
Nomes como Louis Dreyfus Commodities, Bunge, Tereos e Cargill, entre outros, fortes em vários segmentos agrícolas, tornaram-se comuns também no sucroalcooleiro.
Passados quatros anos desse boom de entrada de capital estrangeiro, especialistas da área afirmam que os resultados foram mais positivos do que negativos para a economia local.
Marcos Fava Neves, docente titular de estratégia da FEA-RP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto), da USP, e coordenador do Markestrat, diz que a entrada de capital se refletiu diretamente na economia local, com a injeção de dinheiro que movimentou desde a construção civil a novos negócios e empreendimentos comerciais.
O ponto negativo, segundo ele, é que a internacionalização também fechou postos de trabalho. Escritórios administrativos de empresas foram transferidos para São Paulo ou outras cidades.

ENTRA E SAI
Figura ativa no processo de internacionalização do setor, o empresário Maurilio Biagi Filho afirmou que a troca no comando de usinas não causou reflexos ruins para a economia regional. "Os empregos [nas usinas] continuaram, tudo aconteceu sem que a economia sentisse." Em 2009, o grupo Moema, presidido por Biagi, vendeu suas seis usinas à Bunge.
Em sua avaliação, diante da situação de crise atual, com queda na oferta de cana e prejuízos, os grupos estrangeiros estão conseguindo suportar mais facilmente a situação, com capital externo.
Por outro lado, quando tudo se estabilizar, a tendência é que o lucro das usinas de capital estrangeiro siga o caminho contrário, rumo ao exterior. "É a regra do jogo."

SUBSTITUIÇÃO
Na pauta de exportações via Ribeirão Preto, o açúcar e o álcool deram lugar a outros produtos agrícolas e também industriais. No topo dos principais itens vendidos ao exterior no ano passado apareceram sementes de forrageiras, estanho e equipamentos usados na odontologia. O principal baque nas exportações de açúcar e álcool em Ribeirão foi registrado em 2009, com o fechamento da Crystalsev, comercializadora, principalmente, de produtos da Santelisa Vale.
Depois que o grupo foi incorporado pela francesa LDC (Louis Dreyfus Commodities), a Crystalsev deixou de operar. Antes, ela comercializava o açúcar e o etanol das cinco unidades da Santelisa, além de outras empresas.
Embora o açúcar e o álcool tenham deixado de ser exportados via Ribeirão Preto, os produtos continuam sendo os carros-chefes da região. Na avaliação do representante da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) na região de Ribeirão Preto, Sérgio Prado, a entrada de capital estrangeiro no setor foi importante para manter na ativa e recuperar usinas que estavam em situação crítica.

Fonte: http://www.jornalfloripa.com.br/economia/index1.php?pg=verjornalfloripa&id=8861

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Raízen prevê maior produção de Etanol

ENTREVISTA-Raízen prevê maior produção de etanol em 2012/13

Por Fabíola Gomes
SÃO PAULO, 13 Jun (Reuters) - Um clima chuvoso em áreas produtoras do centro-sul levará a Raízen a aumentar a fatia do etanol no mix de produção, comprometendo a possibilidade de uma oferta maior de açúcar nesta temporada, disse o vice-presidente da companhia.
"Dependendo da quantidade de chuva que acontecer, pode ter uma maior produção de álcool, principalmente este ano está muito difícil de produzir açúcar de qualidade", disse Pedro Mizutani, vice-presidente da Raízen em entrevista à Reuters.
Ele acrescentou que a Raízen, maior produtora de açúcar e etanol do Brasil, já vem operando desta forma, uma vez que as chuvas interrompem a colheita e a produção e quando as usinas retomam a operação privilegiam o combustível.
Em sua primeira estimativa, a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) apontou uma para 2012/13 uma moagem de 509 milhões de toneladas.
Apesar da estimativa de produzir entre 1,85 bilhão e 2,05 bilhões de litros de etanol na atual temporada, contra 1,9 bilhão de litros do ciclo anterior, Mizutani reafirmou que a produção do combustível "está muito mais para ser um pouco maior que no ano passado".
Depois da seca entre fevereiro e março, ele observa que o setor agora está preocupado com a possível ocorrência do El Niño, fenômeno climático que afeta o regime de chuvas, aumentando as precipitações, em regiões tropicais.
"Quando começou a safra, a gente esperava que o El Niño viesse com maior intensidade só em outubro, mas a gente vê agora, com estas chuvas de maio, que a probabilidade de acontecer antes e com intensidade maior é grande", disse.
Se a expectativa inicial era de que a quantidade maior de cana compensaria a perda de ATR (teor de açúcar contido na cana), um El Niño com intensidade muito forte pode levar a maior perda de produtividade, consequentemente, afetando a produção de açúcar.
Mizutani avalia que é possível superar o volume previsto pela Unica, por causa das chuvas que ocorreram entre abril e o começo de junho, e prevê uma moagem em torno de 520 milhões de toneladas. Em compensação, ele estima um ATR (teor de açúcar contido na cana) menor na atual temporada.
No centro-sul do Brasil, o mix de produção foi de 52,5 por cento para álcool e 47,5 por cento para açúcar no último ciclo. Já a Raízen, por conta da característica de suas usinas, produziu mais açúcar (55 por cento) do que o combustível, com flexibilidade de mudar este mix em até 10 por cento.
PREÇOS
A queda dos preços do açúcar, segundo o executivo, tem impacto maior no começo ou no final da safra, períodos em que não se utilizam a plena capacidade das usinas, sendo possível direcionar o caldo (proveniente da moagem da cana) para produzir mais açúcar ou etanol.
Os preços futuros do açúcar estão em baixa em Nova York e chegaram a operar abaixo de 20 centavos por libra-peso na semana passada.
O executivo observa que o cenário agora é baixista, porque existe a expectativa de que haverá reposição dos estoques globais em meio ao grande excedente de oferta, mas pondera que qualquer problema climático em grandes produtores pode mudar esta trajetória.
Apesar do recuo nos preços internacionais do açúcar, Mizutani observa que a recente desvalorização cambial favorece as exportações do Brasil, uma vez que o país volta a ter mais competitividade frente a outros produtores.
Ele explica que o preço de 19-20 centavos de dólar por libra-peso não estimula o incremento da produção em outros produtores, como a Índia, Rússia, Austrália, mas o Brasil passa a ser mais competitivo, em dólar, frente a esses países.
A Raízen exporta cerca de 70 por cento de sua produção de açúcar, cujas vendas são estimadas entre 3,9 milhões e 4,2 milhões de toneladas para o atual ciclo, versus 3,9 milhões de toneladas da última temporada.
EXPANSÃO
A Raízen tem atualmente capacidade para processar 65 milhões de toneladas de cana, mas neste ano prevê moer entre 52 a 55 milhões de toneladas.
O plano inicial da companhia, formada em meados do ano passado a partir da joint venture entre a Cosan e a Shell, previa a expansão da capacidade de moagem para até 100 milhões de toneladas em cinco anos, com greenfields (novos projetos), aquisições e investimentos em unidades próprias.
Mas esta meta foi rebaixada para 80 milhões de toneladas, marca que deve ser atingida em 2016/17. Mizutani afirma que o corte ocorreu porque os preços do açúcar não estão remuneradores para crescer em greenfields e que agora o foco da companhia está na expansão de suas próprias usinas ou eventuais oportunidades de aquisições.
"A prioridade agora é encher a capacidade das usinas. Paralelamente, dá para fazer uma expansão ou outra, mas em ritmo menos acelerado", disse. Segundo ele, os investimentos nas próprias unidades podem ocorrer em Mato Grosso do Sul e em São Paulo, na região de Araçatuba, que são lugares onde há disponibilidade de terra.

Rendimento de Alcool Cresce

Engenharia evolutiva cresce rendimento na produção de etanol


Marcos Santos/USP Imagens
A otimização da produção de etanol cresce a oferta nos postos de combustíveis

Mariana Melo | Agência USP

Modificações genéticas e experimentos de evolução garantiram um aumento de 11% no rendimento da fermentação de leveduras utilizadas no processo de fabricação de etanol proveniente da cana-de-açúcar.

A constatação é feita numa pesquisa da USP, realizada em parceria com a Universidade Federal da Santa Catarina (UFSC) e com a Delft University of Technology (TU Delft) da Holanda. De acordo com o autor do estudo, o farmacêutico Thiago Basso, um aumento de apenas 3% no rendimento da fermentação representaria um aumento de 1 bilhão de litros de etanol por ano. O artigo referente a este trabalho recebeu o primeiro lugar no prêmio TOP Etanol do Projeto Agora, celebrado no último dia 30 de maio.

A tese Melhoramento da Fermentação Alcóolica em Saccharomyces cerevisiae por Engenharia Evolutiva foi desenvolvida por Basso para o Programa Interunidades de Pós-Graduação em Biotecnologia da USP, do Instituto Butantan e Instituto de Pesquisa Tecnológicas (IPT). Os professores da Escola Politécnica (Poli) Andreas Gombert e Aldo Tonso, foram os orientadores e co-orientadores da pesquisa, respectivamente. O estudo teve início com um projeto criado pelo Prof. Boris Stambuk, e fez parte de um projeto financiado pela FAPESP, dentro do programa de Pesquisa em Bioenergia BIOEN, coordenado pelo Prof. Andreas Gombert.